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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
É com a vitrine decorada com pacotes de alimentos e agasalhos que a loja Armarinho Nacional, que já está há 13 anos no mercado de trabalho de Santa Maria,encontrou uma forma de se reinventar perante a crise gerada pela pandemia e ainda ajudar quem mais precisa minimizando problemas socioeconômicos.
- A vitrine tem a ideia de quem vá até a loja e conhece alguém que precisa que possa levar a doação até a pessoa. Ao mesmo tempo, quem passar e ver as doações e precisar, poderá levar para a casa - explica o vendedor de e-commerce Pedro Tasca Gomez.
E assim, os itens à venda - lãs, linhas e armarinhos - dividem espaço com produtos de cesta básica para quem precisa de doações. E quem não precisa, pode ajudar outra pessoa levando alimentos para deixar no local. E assim, com doações da equipe da loja e de qualquer pessoa que passe por ali nasceu mais uma rede de solidariedade. A história desta loja é mais uma da série #portodosnós, campanha apoiada pelo Diário e prefeitura que visa apoiar a economia local.
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Pedro foi trabalhar na loja há cerca de um mês, quando o comércio fechou as portas, com a missão de iniciar as vendas online. Além de incentivar a solidariedade, foi preciso sair da zona de conforto e mudar algumas práticas para continuar com as vendas. Conforme a proprietária, Vera Messina, com tudo o que está acontecendo e mesmo diante dos desafios encontrados por ela para enfrentar as consequências do vírus na economia da empresa, ela e seus colaboradores não cruzaram os braços e encontraram maneiras de driblar a pandemia e o impacto econômico provocado pelo coronavírus:
- A loja sempre teve bastante procura - principalmente pelas mulheres- em razão das lãs, linhas, agulhas e outros materiais. Com a pandemia do coronavírus e a necessidade de quarentena, estes materiais tiveram um aumento na procura, pois a costura passou a ser hobby na vida delas - conta Pedro.
"DAQUI SAI O SUSTENTO DE MUITAS PESSOAS"
Segundo Vera, a batalha não termina nunca. Desde que resolveu mudar a loja para um espaço maior, há cerca de um ano, abraçou um novo desafio, agora na Rua Venâncio Aires, 1821. Diante do avanço do vírus, ela e seus 14 funcionários - divididos em vendedores e costureiras - tiveram que se dividir, alguns trabalhando em casa e outros na loja, sempre tomando os devidos cuidados para evitar a disseminação do novo coronavírus.
- No início eu levei um susto muito grande. Pensava o que eu ia fazer, principalmente na primeira semana. Pois para mim é muito difícil ter que tomar uma decisão se fosse o caso de demitir alguém. Mas estamos com bastante trabalho, muita demanda. Quem não nos conhecia, agora conhece. Começamos com venda das máscaras, que está tendo muita procura - explica Vera.
E foi da confecção de máscaras de pano, como eram recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que Vera conseguiu pagar as contas das lojas e manter o salários e o emprego dos funcionários.
- É um grande desafio, pois aqui nós temos muitos miúdos. É linha, agulha, fita. Mas nós estamos nos virando. Atendendo na loja tomando todos os cuidados devidos. Pois é daqui que sai o sustento de muitas pessoas - conta Vera.
As sete costureiras do Armarinho ficam responsáveis pela confecção de máscaras e a reforme e ajustes de roupas. E é também com parcerias que as encomendas e novas clientes vão chegando na loja.
De acordo com Vera, o estabelecimento tem lojas da cidade que são parceiras. Assim quando a pessoas faz a compra e precisa fazer algum ajuste, a empresa indica o Armarinho Nacional para fazer os últimos retoques.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Para diminuir os efeitos da crise, a loja aumentou as vendas pela internet
"TEMOS QUE SER OTIMISTAS E ACREDITAR QUE TUDO ISSO VAI PASSAR"
Assim como muitos, o Amarinho Nacional também precisou se reinventar para conseguir enfrentar todos os problemas que surgiram a partir da pandemia, principalmente quando se fala no fator econômico. Pensar em novos canais de venda, à distância, foi um desses desafios.
- Como até pouco tempo o comércio local não podia ser aberto, a saída para as vendas foi a criação de um WhatsApp e do Facebook em que disponibilizamos as vendas online e a instauração do sistema de tele-entrega - conta o vendedor.
E foi por causa da maneira que a empresa se reinventou que a loja e as vendas superam a crise. Conforme a proprietária, a nova experiência online tem sido uma grande descoberta. Pois as funcionárias tiveram um novo aprendizado com o uso das tecnologias, e os clientes gostaram. E é por meio de fotos dos produtos que a clientela faz a encomenda e recebe ou produto em casa, ou se preferir, pode retirar na porta do estabelecimento.
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O estabelecimento que trabalha com fornecedores que são de fora de Santa Maria, tem encontrado uma maior dificuldade em encontrar tecidos da cor preta e azul-marinho, além de elásticos, já que são cores e produtos bastante usando na confecção de máscaras.
De acordo com Vera, assim como muitas clientes movimentam o capital da sua loja, ela e seus colaboradores também fazem questão de apoiar o comércio local:
- Nós sempre pegamos almoço. Durante a tarde compramos lanches de pessoas que vendem nas lojas. Nunca deixamos de prestigiar essas pessoas.
Vera explica que na tarde de quinta-feira, um vendedor de erva-mate esteve na loja e ela como já sabia da qualidade do produto, não deixou de comprar e fazer propaganda para seus funcionários.
Para a proprietária, outra tarefa muito importante é o apoio aos artesãos que muitos compram produtos de seu Armarinho.
- Nunca deixamos elas na mão. Se não tem o que procuram faço questão de encomendar para ajudar no trabalho delas, conta Vera.
E é com a venda de tecidos, brilhos, e paetês que compõem muitas fantasias que o Armarinho Nacional segue trabalhando e enfrentando os desafios que muitos comerciantes estão encontrando.
Quem quiser fazer as compras sem sair de casa, pode fazer a encomenda pelo WhatsApp da empresa - (55) 9967-6098 ou acessar a página do Facebook - armarinhonacionalsm
#portodosnós
A campanha é uma iniciativa do Diário em parceria com a prefeitura de Santa Maria e conta com apoio de: AHturr , Ajesm, Apusm, Associação Rural de Santa Maria, ATU, Cacism, CDL, Espaço Contábil, OAB, Secovi, Secsm, SHRBS, Sindigêneros, Sindilojas, Sinduscon, Simprosm